20 maio 2012

A Grécia e a posição do PSOL

Por um governo de esquerda para libertar o país 
                           dos compromissos impostos pela UE e pelos bancos internacionais

Na Grécia os trabalhadores e o povo em geral resistem bravamente com mobilizações em massa e greve geral desde 2009 aos planos de ajuste da crise ditados pelo capital financeiro e as classes dominantes européias. Pela primeira vez desde que a crise começou em 2007, há a possibilidade de se ter um governo que sirva aos interesses da população grega. A Grécia está falida e seu povo na miséria. Respondendo fielmente aos interesses da ditadura dos mercados de capitais financeiros os últimos governos gregos reduziram salários, elevaram as taxas de desemprego a mais de 20%, alcançando 50% entre os jovens, e uma dívida impagável com o capital internacional. Na prática privatizam os lucros e socializam os prejuízos.

Os resultados eleitorais recentes mostraram a derrocada dos partidos que se sucederam no governo, o social-democrata PASOK e a direita da Nova Democracia tiveram juntos apenas 30% dos votos. Assim o povo grego rejeitou a política comandada pela troika do FMI, da UE e os banqueiros. Ao mesmo tempo, as eleições mostraram o surgimento como uma força política alternativa, a coalizão de Esquerda Radical Syriza, (cujo partido mais importante é o Synaspysmos), que inclusive construiu relações fraternas com o PSOL. Na Grécia haverá novas eleições no dia 17 de junho, porque a Syriza se recusou corretamente em fazer parte de um governo de coalizão para manter os acordos firmados com a União Européia. Durante a campanha eleitoral a Syriza fez um compromisso com o povo, pela quebra desses compromissos e por uma moratória unilateral da dívida. Desta forma foram convocadas novas eleições nas quais a Syriza aparece como a força mais votada.

O PSOL se solidariza e apóia as decisões tomadas pela Syriza. Um novo governo e de esquerda vai apoiar a rejeição dos compromissos com o capital financeiro. Atitude que serve como ponto de partida para atender os interesses dos trabalhadores e do povo, que leve adiante uma moratória da dívida impagável.

Certamente, as classes dominantes européias usarão todos os meios a seu dispor para evitar que isso aconteça. Eles já começaram sua campanha de calúnias e ameaças para impedir que a Grécia escolha uma saída operária e popular.

O PSOL chama por uma solidariedade ativa com o povo e os trabalhadores gregos e por apoio a Syriza na sua luta pela construção de um novo governo dos trabalhadores e do povo. A tarefa da hora para os socialistas e internacionalistas é ficar ao lado dos trabalhadores e do povo grego.
Por um governo de esquerda para libertar o país dos compromissos impostos pela UE e pelos bancos internacionais.

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