18 junho 2013

Você pode acompanhar o nosso mandato de vereador em Florianópolis pelo endereço: afranio.org.br

06 março 2013

NOTA DE PESAR DO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE PELO FALECIMENTO DO PRESIDENTE DA VENEZUELA HUGO CHÁVEZ FRÍAS


O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade vem a público demonstrar seu pesar pelo falecimento do presidente da Venezuela, comandante Hugo Chávez Frías. Líder de um dos mais importantes processos de enfrentamento ao imperialismo na América Latina nas últimas décadas, Hugo Chávez transformou-se num símbolo de resistência ao projeto neoliberal e da luta popular latinoamericana e empenhou-se para fazer da Revolução Bolivariana um processo de acúmulo de forças rumo ao socialismo, na defesa de um projeto alternativo que também se alastrou para outros países. O PSOL se associa a dor do povo venezuelano e reafirma estar irmanado para marchar ao seu lado em defesa dos valores da Revolução Bolivariana.

Viva a Revolução Bolivariana!
Viva o Socialismo!
Hugo Chávez: Presente, sempre!


Ivan Valente
Presidente Nacional do PSOL
Líder do PSOL na Câmara dos Deputados

Randolfe Rodrigues
Líder do PSOL no Senado Federal

Afrânio Tadeu Boppré
Secretário de Relações Internacionais do PSOL

12 fevereiro 2013

Não tem fórmula mágica. A hora é de afirmar o PSOL

O chamado Movimento por uma Nova Política liderado por Marina Silva entra em nova fase e começa a assumir feição de partido reabrindo o debate de suas relações políticas em geral e inclusive com o PSOL.

Primeiramente há necessidade de se desfazer uma confusão: a de que a performance eleitoral de Marina Silva, com quase 20 milhões de votos na última disputa presidencial, seja resultado de uma acumulação política sólida, partidária, com princípios ideológicos e programáticos, amparados socialmente. Em meu entender a votação de Marina Silva, em 2010, é expressão de um espaço eleitoral já existente na sociedade brasileira e já ocupado por Ciro Gomes em 2002, por Heloísa Helena em 2006 e Marina em 2010. Logo, não é um espaço construído por ela, mas eleitoralmente e ocasionalmente ocupado por ela.

Em segundo lugar, não se pode confundir também a brecha que existe na legislação brasileira, com uma suposta capacidade de aglutinação política de Marina Silva. Explico melhor: a legislação eleitoral brasileira com suas interpretações oficiais não admite que políticos em exercício de mandato mudem de partido a não ser em casos muito especiais. No entanto, se a mudança for para novas siglas é permitido. Foi por essa razão que o PSD de Kassab virou um depositário de políticos descontentes e migrados de diversos partidos tornando-se, em curto espaço de tempo, uma legenda com dezenas de deputados, governador, prefeitos, vereadores etc. Este desempenho não é prova da inconteste liderança Kassabista. Toda essa capacidade de “atração” é resultado, principalmente, de um mal estar e desconforto por relações políticas deterioradas no seio das demais agremiações partidárias.

Agora em 2013 o fenômeno parece se repetir e é provável que uma nova leva de descontentes possa migrar para uma sigla que pode vir a ser constituída por Marina Silva.

Por último, também é preciso discutir com a visão de determinados companheiros(as) apresentada em nosso debate partidário. Sucede que a partir da constatação da enorme dificuldade de vertebrar um partido político de esquerda, com capacidade de disputar hegemonia e influenciar decisivamente na vida nacional, sem fazer concessões aos interesses das classes dominantes, nasce a falsa esperança de que é possível por lances geniais e taticistas encontrar atalhos que nos guinde rapidamente ao centro do poder por uma via eleitoral e na carona de Marina Silva. Esses companheiros(as) estão em uma encruzilhada e minha contribuição vai no sentido de auxiliar o conjunto do partido na busca da escolha histórica que determinadas lideranças do PSOL estão equivocadamente por fazer.

A hora é de afirmar o PSOL. Dizer não a fórmulas mágicas.

Marina Silva já foi testada em 2010 e seu conteúdo político mostrou-se flácido e ziguezagueante. Sua candidatura visava localizar-se como ponto de equilíbrio entre um fantasioso sucesso econômico de FHC e um ilusório sucesso social de Lula. Marina não se portou como superação político e programática, mas sim como fusão e síntese de Lula e FHC.

Ao que parece, em 2014 a farsa deve se repetir, o que deve mudar é apenas a sigla.

21 dezembro 2012

O PLANO DIRETOR E AS PROMESSAS DE CESAR



Afrânio Boppré
Professor, economista e vereador eleito - PSOL

O Estatuto da Cidade é uma Lei Federal que determina aos municípios com mais de 20 mil habitantes a obrigatoriedade  de definir um Plano Diretor e que, ao menos a cada dez anos, esse mesmo Plano seja refeito.

Florianópolis está flagrantemente fora da Lei pois, estamos há mais de cinco anos sem renová-lo.

A mesma lei embora preveja penalidades é solenemente descumprida e empurra o município para uma crise urbana que se avizinha.

O Prefeito recém eleito, Cesar Junior, no afã de obter votos para seu sucesso eleitoral prometeu durante a campanha equacionar o impasse ainda em 2013. Passada a eleição, Cesar Junior agora encontra-se em apuros. Como conciliar a promessa eleitoral com todo o processo já acumulado, mas não terminado pelo prefeito Dário Berger, nesse curtíssimo prazo? Como respeitar o processo participativo e a nova composição da câmara de vereadores?

A Câmara de Vereadores não tem obrigação de honrar um compromisso que não é seu e nem pode tratar um tema de tamanha magnitude como se fosse um cartório que simplesmente carimba e chancela a vontade do prefeito.

O PSOL na eleição 2012 colaborou no debate sobre o futuro de Florianópolis e nosso candidato a prefeito, o professor Élson, foi exemplar. Partimos do pressuposto que nosso futuro está ameaçado e que temos a necessidade de debater profundamente o modelo de cidade que queremos.

Se não sabemos a cidade que queremos como podemos definir um plano para dirigi-la? Quando falo na primeira pessoa do plural (nós), quero me referir a sociedade amplamente consultada, mobilizada e protagonista de um projeto em que ela se considera sujeito da história.

Um plano diretor deve estar distante dos interesses interesseiros de grupos econômicos ávidos em mercantilizar todos os espaços de nossa cidade. A defesa ambiental e do patrimônio cultural de nossa cidade é a centralidade do debate. Se sabemos o que queremos fica mais fácil saber como nos dirigir para chegar até lá, caso contrário, prevalece o provérbio de Sêneca: para barco sem rumo qualquer vento que soprar torna-se favorável.

Nosso compromisso é assegurar o tempo necessário para garantir a qualidade indispensável de um plano diretor duradouro. De nada adianta apressar decisões e depois viver remendando o Plano Diretor. Por outro lado, a demora “eterniza” o que já está remendado. Nosso compromisso é trabalhar para compor e equilibrar: democracia, agilidade e qualidade. Afinal: o apressado come cru e quente.